quinta-feira, 27 de outubro de 2011

                    A lição do Milho-  Rubem Alves



A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre. Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos
Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesma nunca havia sonhado.
Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria para ninguém.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
E você, o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?

Mensagem: Uma aula inesquecível

Men sagem: Uma aula inesquecível


Se alguém me perguntasse o que é ser um bom professor eu diria que é aquele capaz de dar uma aula inesquecível.
Uma aula inesquecível é uma aula teatral (aula magistral se for teatral), uma aula em que o professor é mais do que um professor — é um professor-ator.
Chega de ser o professor que entra em sala de aula disposto a “dar a matéria”. O professor-ator compreende que, por trás das aparências de uma sala de aula na qual os alunos estão “sedentos de conhecimento”, esconde-se uma outra verdade.
Os alunos estão é sedentos de vida, e, se o conhecimento não for vital, os alunos manifestarão seu desagrado na forma de dispersão, de conversas paralelas e até mesmo de sono. Neste caso, o comportamento rotineiro do professor “ofendido” com a falta de respeito dos alunos será uma reação ineficaz e estéril.
O professor-ator renuncia a reações ineficazes porque já renunciou à ideia de uma aula organizada, tranquila, com começo, meio e fim, cada passo previsto, cada tema devidamente abordado; já renunciou à ideia de um curso sem acidentes e incidentes, surpresas e impasses. Sabe que eram idealizações honestas, mas puras idealizações.
O realismo recomenda-lhe outra voz. E a aula inesquecível é justamente a ocasião propícia para se ouvir a outra voz.
                                                                                                Gabriel Perissé

A CRIANÇA E O DESENHO INFANTIL

A sensibilidade do educador mediante uma produção artística infantil

Através do desenho de uma criança é possível analisar seu caráter, sua personalidade, temperamento e carências. É possível também através do que a criança desenha, descobrir e reconhecer as fases pelas quais a criança está a passar, suas dificuldades, bem como seus pontos positivos.
Entre 2 e 3 anos de idade, a criança ainda não faz desenhos com significado representativo. Gradativamente a criança vai expressando traços mais significativos, entre os 2 e 3 anos, o que se nota são traços leves, ou fortes, pequenos rabiscos, etc.
Entre os 3 e 5 anos de idade, a criança já tenta desenhar de acordo com a sua realidade, e conforme a própria percepção. Evidente que ainda são traços sem grande expressão, mas que para a criança tem todo um sentido.
Alguns significados de alguns desenhos:
Árvore: Refere-se ao físico, emocional e intelectual da criança, Quando o tronco da arvore é alto e largo, revela que seu aluno tem muita força na superação dos problemas. Quando o tronco for pequeno e estreito, revela vulnerabilidade às complicações.Se houver excesso de folhas, a criança tem grande ocupações talvez em excesso. Se houver poucas folhas, e galhos a criança está triste.
Casa: Desenho de uma casa grande, demonstra grande emotividade, se for uma casa pequenina seu aluno  demonstra que é uma criança retraída.
Barco: Desenhar barco significa que a criança adapta-se facilmente a imprevistos. Barcos grandes, revela que seu aluno não gosta de mudanças e aprecia ter controle da situação, se for barco pequeno seu aluno é sensível, e tem grande intuição.
Flores: desenhar flores significa que seu aluno. é uma criança alegre e feliz

1. INTRODUÇÃO

O nosso planeta Terra passou e vem passando por transformações. A história do ser humano é feita de desenvolvimento e evoluções. Tudo no mundo tem seu tempo e sua hora. O desenho também passa por fases e evoluções. Ao desenhar, a criança conta sua história, seus pensamentos suas fantasias, seus medos, suas alegrias e suas tristezas.

No ato de desenhar, a criança age e interage com o meio, seu corpo inteiro se envolve na ação, traduzida em marcas que a mesma produz, se transportando para o desenho, modificando e se modificando. Através do desenho, conta o que de melhor lhe aconteceu, demonstrando, relembrando e dominando a situação. Por alguns instantes, tem momentos muito agradáveis e proveitosos, expressando sua percepção de mundo.

Cada desenho tem uma história, um significado pessoal que, muitas vezes, o adulto interpreta de modo diferente. Devemos lembrar que a visão da criança é diferente da visão do adulto. O adulto, quando conduz ou interpreta uma produção infantil de forma errônea, ele  vai inibindo a criança  até que perca sua capacidade de criação.

Mas se o valor do desenho é tão perceptível, se está ligado às necessidades e potencialidades da criança, se há uma interrelação nos vários aspectos do seu desenvolvimento - o motor, o afetivo e cognitivo -então, por que o educador está sempre tentando decodificar o desenho infantil? O que pensa o educador ao ver a produção artística de uma criança? Como entender o desenho infantil, se o educador não possui informações teóricas? Como preparar esses educadores para que se tornem mais sensíveis e curiosos em relação ao desenho infantil?


Refletindo sobre as informações acima questionadas, partiremos para uma análise da evolução do desenho infantil, através de pesquisas bibliográficas e de comparações da visão de vários estudiosos sobre o assunto. Pretendemos, assim, conscientizar o professor de Educação Infantil sobre a importância de estar fundamentado para entender como se dá o processo do desenvolvimento infantil, na faixa etária de 0 a 06(05) anos de idade, fase que acreditamos ser uma das mais importantes do desenvolvimento
humano.

 O DESENHO INFANTIL


O desenho, para a criança, é uma continuidade entre o objeto e a representação gráfica. A criança  representa o objeto em si, ou seja, a sua criação é diferente da criação do adulto. Ela liberta-se das
aparências e, ao mesmo tempo, pode representar o objeto como ele é realmente, enquanto o adulto só o representa por um único ponto de vista. Segundo Luquet, (apud MERLEAUPONTY, 1990, p.130), “ o desenho é uma íntima ligação do psíquico e do moral. A intenção de desenhar tal objeto não é senão o
prolongamento e a manifestação da sua representação mental; o objeto representado é o que, neste momento, ocupará no espírito do desenhador um lugar exclusivo ou preponderante.”
Para a criança, o desenho é uma expressão de mundo e nunca uma simples imitação ou cópia fiel porque a criança desenha conforme o modelo interior, a representação mental que possui do objeto a ser desenhado. O desenvolvimento infantil é como um jogo, visto que a criança se desenvolve e se modifica conforme a faixa etária. O mesmo acontece com o desenho: vai evoluindo e se modificando com o desenvolvimento da criança. Em seus estudos, Merleau-Ponty (1990) nos apresenta os vários estágios do desenho infantil:

• Realismo fortuito – a criança procura representar o objeto como uma totalidade.

Subdivide-se em:

a) Desenho involuntário – a criança desenha só para fazer linhas, sendo que, nesse estágio, repete o movimento pelo simples prazer.

b) Desenho voluntário –a criança percebe certa semelhança entre os traços e o objeto real. Ela enuncia a interpretação que o desenho lhe dá. Mais tarde, diz o que pretende desenhar, mas o resultado a faz interpretar seu desenho de forma diferente. Em outra situação, o desenho, afinal, corresponde com a sua interpretação inicial. Então, percebe que pode representar, através do desenho, tudo o que deseja.
• Incapacidade sintética – a criança desenha cada objeto de forma diferente, considerando seu ponto de vista para diferenciá-los. Pode desenhar uma figura humana, mas desenhar os olhos, a boca e os cabelos ao lado do corpo como se não fizessem parte dele
.
• Realismo intelectual – a criança procura desenhar não só o que pode ver no objeto, mas todas as suas fases. Desenha de acordo com sua noção momentânea dos objetos
.
• Realismo visual – a criança representa apenas os aspectos visíveis do objeto. Há um aprimoramento de sistema de desenho construído no estágio anterior. A criança, ao desenhar, tem uma intenção realista. O realismo evolui nas diferentes fases do desenho infantil até chegar ao realismo visual, que é o realismo do adulto. Para o adulto, o desenho tem que ser idêntico ao objeto. Já para a criança, o desenho, para ser parecido com o objeto, deve conter todos os elementos reais do objeto, mesmo invisíveis para os outros. Assim, a criança desenha de acordo com um modelo interno: a imagem que sabe do objeto que vê.

 O DESENHO INFANTIL SEGUNDO LOWENFELD


Quanto mais auto-confiante a criança, mais ela se arrisca a criar e a se envolver com o que faz. A criança segura se concentra com mais facilidade nas atividades. Consegue se soltar e acreditar no que faz. De acordo com Streinberg ( apud LOWENFELD, 1977, p.128). Aprender a desenhar, desenhando. Embora essa afirmação possa parecer destituída de significado, ela é muito verdadeira: a ação de desenhar é que é a escola do desenho. O mesmo vale para as outras atividades artísticas: aprende-se a pintar, pintando; aprende-se a esculpir, esculpindo: aprende-se a escrever, escrevendo, e assim por diante.
Nenhum treino ou exercício de coordenação motora fará com que a criança expresse sua criatividade. Uma criança segura tem maior capacidade de envolvimento, de concentração e de prazer em criar. É importante a ela sentir-se livre para poder expressar- se em seus desenhos. Assim, a criança se desenvolve em harmonia e se organiza no contexto espaço/temporal, se posicionando frente à vida, descobrindo o significado que a vida tem para si e percebendo-se como criadora de sua própria história..



Fases do desenho


PRIMEIRA FASE


A primeira fase divide-se em três etapas: etapa da garatuja desordenada, etapa da garatuja ordenada e etapa da garatuja nomeada.


Na fase da garatuja desordenada, a criança não tem consciência da relação traço-gesto; muitas vezes, nem olha para o que faz. Seu prazer é explorar o material, riscando tudo o que vê pela frente. Segura o lápis de várias formas, com as duas mãos ou alternando. Não usa o dedo ou o pulso para controlar o lápis. Faz movimentos de vaivém, vertical ou horizontal; muitas vezes, o corpo acompanha o movimento.

Na fase da garatuja ordenada, a criança descobre a relação do gesto-traço. Passa a olhar o que faz, começa a controlar o tamanho, a forma e a localização do desenho no papel. Descobre que pode variar as cores. Começa a fechar suas figuras em forma circulares ou espiraladas. Perto dos três anos, começa a segurar o lápis como o adulto. Copia intencionalmente um círculo, mas não um quadrado.

Na etapa da garatuja nomeada, a criança faz passagem do movimento sinestésico, motor, ao imaginário, ou seja, representa o objeto concreto através de uma imagem gráfica. Distribui melhor os traços no papel. Anuncia o que vai fazer, descreve o que fez, relaciona o desenho com o que vê ou viu, sendo que o significado do seu desenho só é inteligível para ela mesma. Começa a dar forma à figura humana.

SEGUNDA FASE


Na segunda fase - a pré-esquemática -, os movimentos circulares e longitudinais da etapa anterior evoluem para formas reconhecíveis, passando de conjunto indefinido de linhas para uma configuração representativa definida. A criança desenha o que sabe do objeto e não uma representação visual absoluta; seus desenhos apresentam características, não porque possuam uma forma de representação inata, mas sim porque está no começo de um processo mental ordenado.



TERCEIRA FASE


Na terceira fase, chamada esquemática, a consciência da analogia entre a forma desenhada e o objeto representado se afirma. Nessa fase, a representação gráfica é muito mais tardia que a lúdica verbal, enquanto a brincadeira simbólica e a linguagem já estão bem formadas. A criança já constrói grandes cenas dramáticas brincando, mas só nessa fase começa a organizar seus desenhos.
A representação das figuras humanas evolui em complexibilidade e organização. De acordo com a abordagem construtivista, o conhecimento não está pré-formado no sujeito, nem está totalmente pronto, acabado, determinado pelo meio exterior, independente da organização do indivíduo. A aquisição de conhecimento processa-se na troca, na interação da criança com o objeto a conhecer. Em outras palavras,o ato de conhecer parte da ação do sujeito sobre o objeto, só se efetua com a estruturação que ele faz dessa experiência. Isso significa que o conhecimento é adquirido não pelo simples contado da criança com o objeto cognoscente, mas pela atividade do sujeito sobre esse objeto, a partir do que ele aprende, do que ele retira, do que organiza da experiência (PIAGET, 1976, p.47).



4. REFERÊNCIAS

FISCHER, Julianne. O lúdico e a abstração. Curso de especialização
em Educação Infantil. 15p. Apostila. Indaial: ICGP, 2003.
LOWENFELD, Viktor. A criança e sua arte. 2 ed. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
MARTINS, Mirian Celeste. PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria T.Telles. A língua do mundo: Poetizar, fluir e conhecer arte. SãoPaulo: FTD, 1998.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Merleau-Ponty na Sorbone. Resumode cursos filosofia e linguagem. Campinas: Papirus, 1990. NEVES, Lygia Helena Roussenq. O impulso criativo da infância. Curso de especialização em Educação Infantil. Apostila. Indaial: ICGP, 2003.
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
PILLAR, Analise Dutra. Desenho & escrita como sistema de representação Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
PILLAR, Analise Dutra. Desenho e construção do conhecimentona criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
ZILBERMANN, Regina (org.). A produção cultural para a criança. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990



Projeto Infantil Natal 2011



I – JUSTIFICATIVA:
Qual a tradição que nossa família possui para comemorar o Natal? Qual a origem desta tradição? E as origens das peculiaridades desta festa, como as meias na lareira, o pinheirinho, a bola de enfeite, o canto do galo, as castanhas, a troca de presentes, o presépio? Qual o significado histórico/religioso do Natal?
Este projeto surgiu ao pensarmos no tema Natal, no quanto ele pode ser atrativo para as crianças, nas questões acima e em tantas outras que poderão surgir na busca de respostas às mesmas. Pretende-se conduzir uma série de atividades que facilitem a aquisição e construção de conhecimentos das tradições de Natal pelos alunos de forma participativa, descontraída , buscando integrar a perspectiva de diversas áreas envolvendo aspectos históricos, sociais, culturais, biológicos, comerciais, etc.
Sugestão de atividades:

Fazer um levantamento com as crianças sobre o que sabem sobre o natal, relatando também como é comemorado o natal em sua casa, Se na família de alguma criança não possuir esta tradição, questionar os motivos deste fato.
·         Confeccionar árvore dos desejos. Cada criança recebe uma folha em formato de folha para formar árvore depois desenhar ou escrever  seus desejos. Em seguida a professora juntos com as crianças formarão a árvore que ficará ornamentando a escola.
·         Fazer uma oficina com as crianças de confecção de caixinhas de presentes, que serão pintadas por eles e com balas, e serão trocadas através de amigo-secreto. Trocar bilhetes também.
·         Trabalhar com os contos: ilustração e leitura oral. (anexo)
·         Cantar música relativa ao tema Natal.
·         Colorir desenhos. (anexo)
·        


Sugestão de coro-falado:

NASCE JESUS

(Para três crianças)

1 - Nasce Jesus, fonte de luz, descem os anjos cantando,
2 - Nasce Jesus, fonte de luz!
Trevas vem pois dissipando.
Nasce Jesus, fonte de luz!
Rompe as cadeias do forte, raia o dia da salvação, triunfante vem!

3 - Salve Jesus! Ó firma teu justo império grato louvor os homens e os anjos dêem!
Todos: Nasce Jesus, fonte de luz!
Oh, glória a Deus nas alturas!
Paz na terra aos homens,  a quem quer ele bem!

DEUS NOS AMOU
1 - Deus nos amou e nos mandou
Cristo seu filho querido!
Deus nos amou e nos encarnou!
Vede o menino nascido!
2 - Deus nos amou! Deus no amou!
Digam-no todos os povos!
Gozam paz e salvação todos os que crêem!

3 - Reino bendito! Reino de amor divino!

Eis que as nações resgate por Cristo têm!



A MENSAGEM DE AMOR

JUNTAS:
Todas as belezas,
Que há na terra e céus, para nosso encanto, criou-se nosso Deus.

1ª criança - (com uma cestinha de flores)
Deu à flor mimosa, cores de encantar, deu ao passarinho, seus cânticos sem par.

2ª criança - (com uma cestinha de frutas).
Da invernia o vento, céu azul, verão, as maduras frutas nos vem de sua mão.

3ª criança - (com uma Bíblia na mão).

Deu-nos a santa lei, salmos de louvor; mandou os profetas falar do seu amor.
Mas o homem surdo não deu atenção nem amou, seu criador, em seu coração.

4ª criança - (com uma grande estrela dourada ou prateada).

Deus mandou seu filho,do alto raiou a luz;
Jesus rendeu a vida, morreu por nós na cruz.


JUNTAS:
Cantem nossas almas, hinos de louvor pelas grandes bênçãos, que mostram seu amor.

Sugestões de lendas e contos:


Flor da noite de Natal

Conta a lenda que uma camponesa olhava do lado de fora de uma igreja as pessoas oferecendo presentes ao Menino Jesus. Ela se sentia triste, pois não tinha nada para homenagear. Então um anjo apareceu e lhe disse: "Apanhe algumas plantas que crescem ao lado da estrada e oferece como presente."
Ela aceitou o conselho e apanhou uma porção de folhas de poinsettia verdes e as levou para dentro da igreja. As pessoas da congregação riram quando a viram entrar com suas roupas maltrapilhas carregando um punhado de ervas daninhas. Envergonhada e ruborizada diante da situação, conforme seu rosta ficava vermelho, um fenômeno aconteceu: as folhas mudaram de cor, tornando-se em vermelho sangue, transformando-se em lindíssimas flores. As pessoas ali presentes ficaram extasiadas com o fato.
Esta flor, conhecida como "bico-de-papagaio", tem o nome científico de Poinsettia, uma homenagem ao seu descobridor Dr. Poinsett. Ele a encontrou no México em 1828, e é chamada por "Flor da Noite Feliz".
A explicação científica para a mudança de cor, se dá pela reação da planta exposta a luz durante muito tempo.


A última árvore de Natal
Um antigo conto de Natal
Eu vi um caminhão cheio de árvores de Natal
E cada uma tinha uma estória prá contar,
O motorista colocou-as numa fileira
Esperando que as pessoas as viessem comprar.
Ele pendurou umas luzinhas brilhantes
E uma placa em que se podia ler
"ÁRVORES DE NATAL"
e em vermelho escrevia
"ÁRVORES DE NATAL PARA VENDER"
Ele se serviu de chocolate quente
Numa garrafa térmica fumegante,

E assim começou a nevar
Enquanto uma família estacionava esfuziante.
Uma mãe, um pai, e um menininho
Pararam o carro, rapidinho
Vieram caminhando e começaram a procurar
A perfeita árvore para se decorar.
O garotinho ia na frente, com seu olhar reluzente, a exclamar:
"Elas têm cheiro de Natal, mamãe!
Sinto cheiro de Natal em todo lugar."
"Vamos comprar uma árvore de quilômetros de altura!
A maior que pudermos encontrar!
Uma árvore que encoste no teto!
Uma que nem dê para carregar!"
"Uma árvore tão grande
Que até mesmo o Papai Noel, quando olhar,
Vai se admirar:
"Esta é a árvore mais bela
Que já vi neste Natal!"
Para achar o pinheirinho perfeito
Procuraram com muita prontidão
Aqui e ali, e até mais de uma vez,
O papai examinou e balançou mais de seis!
"Mamãe, mamãe eu achei, eu achei!
O pinheirinho que mais gostei!
Tem um galhinho quebrado
Mas que pode ficar disfarçado."
"Do anjinho da vovó tiraremos o pó

E lá no alto esperando
Ficará nos guardando.
Poderemos comprá-la? Por favor, por favor!
Pediu com fervor."
"Que tal tomarmos chocolate quente?"
Perguntou o vendedor indulgente.
Enquanto abria a garrafa para aquela gente.
"Isto sim vai aquecer o ambiente!"
Em três pequenos copos de papel
Ele serviu o chocolate espumante,
Enquanto brindavam, esperançosos,
Por mais um Natal esfuziante.
"Você escolheu certinho", disse ele,
"Este é realmente o melhor dos pinheirinhos".
Mas o garotinho estava agoniado,
Pois o preço, para o pai, era muito elevado.
"Feliz Natal"disse o homem,
Amarrando o pinheirinho com um cordão.
"A árvore é sua com uma condição:
Manter uma promessa de Natal."
"Na noite de Natal,
Quando for deitar e rezar,
Prometa no seu coraçãozinho guardar
O encanto do Dia de Natal!"
"Agora corra para casa!
Pois este vento gelado
Suas bochechas têm queimado.

E peça ao papai para com todo cuidado
Enfeitá-la com os ornamentos comprados.
E que, no fim da empreitada,
Mate-lhe a sede, coitada!"
E assim foi com o vento zunindo
Durante toda a noite gelada.
Tendo o homem dado árvore,
Após árvore,
Para cada pessoa que apareceu,
Brindou com o chocolate espumante
Nos pequenos copos, tão quentes,
Para manter aconchegante o ambiente.
Quem jurou manter a promessa
De guardar no coração o encanto do Natal,
Saiu na noite contente
Cantando canções alegremente.
E quando tudo acabou
Só uma árvore restou:
Mas ninguém estava lá
Para esta árvore adotar.
O homem que vendia árvores, então,
Vestiu seu grosso casacão
E partiu para a floresta
Com a última árvore da festa.
Ele deixou o pinheirinho
Perto de um pequeno riachinho.

Para que as criaturas, sem pousada,
Pudessem fazer dela sua morada.
Ele sorria enquanto tirava os flocos de neve
Que na sua barba encontrava.
Foi aí que de trás de um arbusto
Uma rena quase lhe pregou um susto.
Olhou para ela e sorriu.
Fazendo um carinho na grande criatura,
Pensou com brandura:
"Parece que o Natal chegou novamente!."
"Ainda temos muito chão,
E muitas coisas por fazer!
Vamos para casa, amigo, trabalhar
Neste Natal que vai começar.
Ele olhou para o céu,
Ouviu os sinos a tocar,
E, num pestanejar...
O vendedor já não estava mais lá!