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sexta-feira, 28 de junho de 2013
Mensagem para professores para iniciar o 2º semestre
Sete da manhã.
Marilda tinha acabado de passar um pano nas carteiras toscas, depois de varrer
a sala de terra batida. Daqui a pouco as crianças começariam a chegar, vindas
dos sítios das redondezas. O sol, já meio alto, deixava antever que o dia seria
quente.
Fazia oito meses que
lecionava naquela escolinha rural. No início teve receio de lidar com crianças
de diversas idades, mas eram todos tão bonzinhos e interessados em aprender que
a tarefa ficou mais fácil. Temera ainda não se acostumar com a vida no campo,
com a falta de conforto, mas logo se adaptou, tanto que nem se lembrava mais da
agitação da cidade.
Simplesmente adorava lecionar. Vibrava
quando seus alunos apresentavam progressos ou quando se lembravam dela com um
pequeno mimo.
As primeiras crianças foram chegando. Zuleica e Soleco, filhos de seu Lindolfo, eram sempre os primeiros, com sua merenda guardada na trouxinha de pano.
Começou a aula. Marilda notou que o Tonho não tinha vindo. No dia anterior também não viera. Isso a deixava triste. Sempre que começava a roçada, alguns alunos deixavam de frequentar a escola, tinham que ajudar os pais.
Uma aluna, magrinha e sardenta, levantou a mão:
As primeiras crianças foram chegando. Zuleica e Soleco, filhos de seu Lindolfo, eram sempre os primeiros, com sua merenda guardada na trouxinha de pano.
Começou a aula. Marilda notou que o Tonho não tinha vindo. No dia anterior também não viera. Isso a deixava triste. Sempre que começava a roçada, alguns alunos deixavam de frequentar a escola, tinham que ajudar os pais.
Uma aluna, magrinha e sardenta, levantou a mão:
- Não é aribu que se fala, Lurdinha. É
urubu.
- Não, é aribu mesmo. Ele não fica no ar?
Marilda segurou o sorriso. Criança
tinha cada uma!
Às nove horas chegou um homem magro, de
bigode. Tirou o chapéu, cumprimentou a professora, identificou-se como o tio de
Tonho e perguntou à classe se alguém tinha visto o garoto. Diante da resposta
negativa, disse que o menino estava sumido desde a véspera e que os pais
pensavam que talvez tivesse dormido na casa de algum colega.
A professora ficou preocupada. Achava
que ele estava ajudando o pai na roça, mas qual! Estava desaparecido. Onde
poderia estar?
Lembrou-se da lagoa onde os meninos
costumavam nadar. E se tivesse se afogado? Não, ele sabia nadar bem. E se
tivesse sido sequestrado? Não, os pais eram uns pobres que arrendavam uma
terrinha na Santa Luzia; não tinham quase o que comer quanto mais pagar
resgate. Onde estaria, meu Deus do céu?
A aula foi interrompida e saíram todos à procura de Tonho. Foram de sítio em sítio perguntando por ele. Em vão. Ninguém sabia o seu paradeiro.
Quando passava perto da matinha do ribeirão, Marilda notou que, de fato, havia muitos urubus voando sobre as árvores. Teve um pressentimento, um pensamento ruim. Chamou o tio de lado e pediu-lhe que entrasse com ela na mata. Antes, porém, disse às crianças que continuassem a busca, que fossem até o próximo sítio.
A aula foi interrompida e saíram todos à procura de Tonho. Foram de sítio em sítio perguntando por ele. Em vão. Ninguém sabia o seu paradeiro.
Quando passava perto da matinha do ribeirão, Marilda notou que, de fato, havia muitos urubus voando sobre as árvores. Teve um pressentimento, um pensamento ruim. Chamou o tio de lado e pediu-lhe que entrasse com ela na mata. Antes, porém, disse às crianças que continuassem a busca, que fossem até o próximo sítio.
Entraram na mata. Tudo quieto, nenhum
barulho. Andaram uns cem metros e encontraram o menino caído ao lado de um pé
de manacá. No caderno, aberto e caído a uns vinte centímetros do corpo, havia
algumas palavras escritas com letra irregular e infantil.
Marilda pegou o caderno e, emocionada,
leu a última mensagem do menino: "Para minha querida professora dou esta
flor com muito amor".
Feliz retorno a todas!
Projeto para educação Infantil sobre Amizade 2013
Inicio do 2º Semestre 2013
Acredite nas suas possibilidades para
operar sobre as situações de modo a atingir objetivos. Só se realiza aquilo em
que se acredita.
Projeto:
"Afetividade, uma lição de carinho".
Duração:
03 a 12/07
APRESENTAÇÃO
Cultivar a amizade desde a infância tem um efeito
muito significativo na vida dos pequenos. Trabalhar a amizade não é algo que
acontece de imediato, ela se constrói no convívio com o outro e nas ações do
dia a dia. Dessa forma, a escola tem papel de extrema importância em garantir a
inclusão de todos em sala de aula, proporcionando um ambiente rico em conhecimento
e valores. Segundo Chalita (2009, p. 33), os professores devem incentivar
naturalmente o relacionamento. As trocas de experiências entre os alunos, a
soma de talentos, habilidades e competências garantem maior desenvolvimento a
todos
O
afeto é o princípio norteador da autoestima, sendo assim cultivar e trabalhar a
amizade é algo que não é imediato. Depois de desenvolvido o vínculo afetivo, a aprendizagem, a motivação
e a disciplina como 'meio' para
conseguir o autocontrole da
criança e seu bem estar são conquistas significativas.
A afetividade consiste em poder fazer com que a criança receba o contato
físico, verbal, a relação de cuidados, mas isso também implica conflitos,
envolvendo amor e raiva. O afeto refere-se a atitudes e sentimentos expressados
ou presentes no ambiente. Sua maneira de ser, atuar e falar é muito
significativa.
Sabe-se que num certo espaço de
tempo (os primeiros anos de vida), a criança passa por diversas etapas físicas,
mentais, sociais e emocionais, que são
fundamentais ao seu desenvolvimento e que influenciarão na formação e
desenvolvimento de sua personalidade. O comportamento agressivo aparece como desejo ou possessão de
um espaço, brinquedo, na busca pela
atenção de um adulto. Com a entrada na escola, passa a viver em dois microssistemas (família e
escola), gerando conflitos que, diante
de sentimento de impotência para resolvê-los ou de insegurança, manifestam a agressividade.
JUSTIFICATIVA
A ideia surgiu através da
observação e da necessidade de trabalhar a
afetividade, a amizade, o respeito pelo outro e a importância dele na
nossa vida, partilhando sentimentos, dizendo e ouvindo o que o outro
pensa, transformando as ações em um ato de afeto e carinho. Dessa
maneira, é interessante a proposta de atividades que façam com que a criança
se coloque no lugar do outro. Para que os estímulos tornem produtivos, é preciso que nós educadores procuremos meios de amenizá-la. Portanto este
projeto foi estruturado procurando métodos, a fim de amenizar tal agressividade.
nossa vida, partilhando sentimentos, dizendo e ouvindo o que o outro
pensa, transformando as ações em um ato de afeto e carinho. Dessa
maneira, é interessante a proposta de atividades que façam com que a criança
se coloque no lugar do outro. Para que os estímulos tornem produtivos, é preciso que nós educadores procuremos meios de amenizá-la. Portanto este
projeto foi estruturado procurando métodos, a fim de amenizar tal agressividade.
OBJETIVO
GERAL
·
Mostrar à criança a importância do afeto com as
pessoas. Que ele compreenda que
precisamos das pessoas para viver e tenha consciência de que é preciso respeitar e valorizar o "outro".
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
v Utilizar
a linguagem oral como meio de ampliação do vocabulário e pensamento organizando
as ideias e contar suas próprias experiências;
v Demonstrar
equilíbrio nas relações, atitudes de cooperação, respeito, afeto e aceitação perante os demais colegas;
v Realizar
atividades de grafia, recorte, colagem e desenho;
v Entrevistar
funcionários da unidade;
v Desenvolver
nas crianças as competências sociais;
v Destacar
como lidam com as quatro emoções básicas: medo, alegria, tristeza e ira;
v Vivenciar
situações de socialização e interação com a família e amigos;
v Desenvolver
a criatividade e a imaginação através das atividades propostas;
v Cuidar de
si e do próximo;
v Respeitar
limites e obedecer a regras;
v Desenvolver
o raciocínio lógico, a lateralidade, sequencias e seriação; capacidade de situar
cronologicamente os fatos para organizar seu tempo e suas ações, orientando-se também no
espaço.
CONTEÚDO
Linguagem
oral:
© Discriminação auditiva e visual.
© Expressão oral (histórias, contos, músicas, dramatização,
etc.).
© Estudo do próprio nome;(continuação)
© Coordenação motora;
© Sentimentos;
© Palavras mágicas;
Lógico/matemática:
© Estruturas lógicas: discriminação – comparação – identificação
© Estruturas lógicas: discriminação – comparação – identificação
cor – forma – tamanho;
© Conceito de lateralidade (esquerdo e direito);
© Orientação espacial: antes/ depois/ atrás/ na frente/
fechado/ aberto/
de costa/ em cima/ debaixo/ em pé/ deitado/ sentado/ longe/
perto;
© Coordenação motora;
© Discriminação audiovisual;
© Sequencia e seriação;
© Desenvolver noção de contagem.
Artes:
© Recortes e colagens;(atenção para o excesso de colagens)
© Desenho e pinturas;
© Músicas;
© Sucata;
© Argila e massinha;
© Dramatização.
Movimento:
© Expressividade;
© Dança;
© Equilíbrio e coordenação;
© Esquema corporal;
© Brincadeiras e jogos diversos;
© Música.
Natureza
e sociedade:
© Identificação do EU/outro;
© Regras de convivência em grupo e o uso do espaço coletivo;
© Higiene corporal (mãos, dentes, uso do banheiro-continuação)
RECURSOS
METODOLÓGICOS:
© Livros, revistas e jornais, CD/som, TV/filmes, papéis
diversos, lápis coloridos, giz, giz de cera, hidrocor, tintas e pincéis, máquina fotográfica, livros de literatura
infantil, cola, tesoura, fichas com letras, sílabas, palavras, números,
figuras, tnt, bastão e pistola de cola quente, flores, e outros conforme a
necessidade.
PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS:
©
Trabalhar com o vaso de flores para expressarem seus sentimentos
(alegria
e tristeza);
©
Propiciar um momento diário onde as crianças digam
"Bom dia" aos amigos;
"Bom dia" aos amigos;
© Confecção de cartazes;
© Jogos e brincadeiras diversos e cooperativos;
© Fazer o trabalho de identidade, sobre ela para que os amigos
a
conheçam melhor e aprendam a respeitá-la;(continuação)
conheçam melhor e aprendam a respeitá-la;(continuação)
© Pesquisar em revistas pessoas diferentes (alto, baixo,
gordo, magro...) para observarem as
igualdades e diferenças no grupo;
© Propiciar momentos onde as crianças presenteiem(cartão) os
aniversariantes do primeiro semestre, mostrando a importância de ser carinhoso;
© Criação do cartaz com recortes de revistas e livros com o
tema:
“Ser Amigo é!”.
“Ser Amigo é!”.
© Confeccionar juntamente com as crianças “carinhas” montando
em seguida com essas carinhas o Mural dos Sentimentos e expor em locais de circulação da Creche(escola)
© Leituras, dramatizações, contações de histórias, fabulas e outros;
© Leituras, dramatizações, contações de histórias, fabulas e outros;
© Desenho, colagem, recorte e pinturas com diferentes
materiais e técnicas;
© Brincar com materiais pedagógicos e brinquedos variados, músicas (canções de roda, mímica);
© Rodas de conversa com as crianças para estabelecimento de
combinados com relação aos cuidados com o (a) amigo (a);
combinados com relação aos cuidados com o (a) amigo (a);
© Caixa surpresa;
© Outros conforme a necessidade no decorrer do projeto.
CULMINANCIA:
© Festa com lanche diferenciado;
som e cd diverso; TV com fotos das
crianças; amigo secreto entre as crianças, educadoras e a exposição de todos os trabalhos e atividades feitas pelas mesmas; cantinho da leitura(sala multiuso); DVD: Galinha pintadinha.
crianças; amigo secreto entre as crianças, educadoras e a exposição de todos os trabalhos e atividades feitas pelas mesmas; cantinho da leitura(sala multiuso); DVD: Galinha pintadinha.
AVALIAÇÃO:
Os alunos estarão sendo avaliados
globalmente durante o desenvolvimento do projeto, através da observação
contínua no desenvolvimento de novos hábitos em relação a si e ao próximo
através dos depoimentos e relatos diários. No desempenho de suas atividades, no
desenvolvimento da atenção, interesse assimilação e aprendizagem; nas relações
e manifestações com os amigos e educadores; dificuldades e suas expressões
relacionadas ao seu desenvolvimento. Nas atitudes positivas ou negativas com
relação às atividades; capacidade de cooperação e aproveitamento de tempo.
Lembrar de registrar no diário de classe.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GUILHERME, Yvone. Projeto Ciranda da Diversidade: Tema 03:
“Uma Lição de Carinho”, Trabalhando a Agressividade e a Afetividade na Creche.
Oito de junho de 2011. Disponível em <
http://crechejoannadeangelis.blogspot.com.br/2011/06/projeto-ciranda-da-diversidade-tema-03.html
>. Acessado em 07de Junho de 2013.
SETOR PSICOPEDAGÓGICO E SOCIAL DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO.
PROJETO AFETIVIDADE EM SALA. 8 de junho de 2011, Patos. Disponível em <
http://sppseducao.blogspot.com.br/2011/06/projeto-afetividade-em-sala.html
>. Acessado em 07 de junho de 2013.
CANDREVA, Thábata. A agressividade na educação infantil: o
jogo como forma de intervenção. Revista pensar a pratica v. 12, n. 1 (2009).
Disponível em < http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/view/4520/4695
>. Acessado em 09 de Junho de 2013.
MATOS, Renata. Projeto Afetividade. Foz do Iguaçú, abriu 2007.
Disponível emhttp://blog.educacaoadventista.org.br/caixinhadedescobertas/index.php?op=post&idpost=9&titulo=Projeto+Afetividade
>. Acessado em 9 de junho de 2013
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